sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Menino de engenho

                                   Menino de Engenho


Autor:José Lins do Rego


Editora : José Olympio




        O livro menino de engenho retrata a história de um garoto que tinha 4 anos e sua mãe quando ele estava no quarto dele e ouviu um barulho estranho e alto,saiu e viu várias pessoas correndo para o quarto de seu pai. chegando lá,ele viu seu pai correndo igual um louco para cima de sua mãe,o menino viu sua mãe toda ensanguentada no chão,o menino foi dar um beijo de adeus mas uns soldados seguraram os braços dos menino bem forte e o mandaram sair.
         Chorando,foi correndo ao seu quarto e teve um pesadelo,pensando que foi seu pai  que matou sua mãe.O pai dele se virou com uma arma na mão e sua mãe toda ensanguentada no chão.Ele disse que antes era melhor coisa do mundo,seu pai abraçava,beijava,fazia carinho,mas agora ele tem medo de até dar um ´´oi``para o pai.
        O menino descreveu seu pai como um homem alto e bem bonito,com olhos pretos e com um bigode pequenininho.Sempre o beijava,e sempre contava histórias engraçadas,e que lhe fazia os gostos.A mãe também dava atenção, fazia ele dormir nos braços dela,e enchia de carícias.O coronel Cazuza,um homem de bem com o tio Juca,é tão infeliz com a família,o tio Juca ficou calado.Uma velinha chegou para o menino e falou que ele,o menininho bonitinho perguntou onde estava sua mãe.
        Tive medo da velha,e a saudade da minha mãe me fez chorar.O menino não pode se lembrar de nada,senão começa a chorar.A prima do menino se chamava Lili,ela era muito branquinha e magrinha,mais parecia uma cera, de tão pálida,meio bonitinha.Tem a mesma idade do menino,uns olhos azuis e uns cabelos loiros até o pescoço.Sempre recolhida e calada,e nunca brincava.As negras que viam a menina diziam que a filha da Tia Maria é tão branca que nos temos até medo até de ver.
        O que fazia ma la ela era:o chuvisco,o mormaço e o sereno. Lili estava vomitando preto,ficava mais branca e mais magra.No outro dia o menino molhou o rosto foi n o banheiro e quando foi ver a menina estava morta.Com a morte de Lili,a tia Maria ficou toda emncolhida e em cuidados com o menino.O tio Juca foi falar com o outro coronel,que era o Anísio e eles marcaram uma festa com carne e osso.
        Seria muito legal,falou o tio Juca.A alguns tempos depois na cidade de paraíba em todo o verão na lua cheia acontecia enchentes,como todos aqui falam,a cheia.O velho Amâncio comprou uma canoa,e toda cheia ele tinha que pintar as canoas dos outros,todos os engenhos que trabalhavam com pintura ficam sempre felizes,também porque moram em lugares altos.
        A cheia parecia mais um tsunami,porque a água subia muito e passava das barreiras com muita facilidade,muitas casas inundadas,mas a casa da tia Maria e do menino,estava em cima do morro.Joca viu suas sementes de cana indo embora pela cheia, e também viram a ferrovia sendo arrastada do local a um quilômetro de distância.Quando a cheia parou,estava tudo inundado ainda,então eles,o Zé Guedes,o tio Juca,o velho Amâncio e o Joca foram de canoa ver o estrago qu a cheia fez,tia Maria e o menino ficaram em casa por segurança.A alguns quilômetros de casa,o quarteto passou pela plantação de Joca toda devastada.Do outro lado Zé Guedes viu uma coisa amarela na água e pensou que era uma jaca.Pegou o remo e puxou para ver o que a cheia fez com a jaca,era uma cabeça toda melada de lama do negro,olharam e viram a Ponte Itabaiana destruída.
          Uma morena alta e bonita que dava beijos no menino,ela era a professora dele.Era uma pessoa risonha,brincava,mas depois de algum tempo ela ficou muito triste e ninguém sabia o que tinha acontecido.Mas quando o menino chegava perto dela, ela se alegrava-se toda,todos queriam ser igual ao menino.Todos os meninos tinham inveja.
          Ele mesmo,Amâncio contou sua história da infância quando ele era o menino.Um grupo de moleques estavam bem  do lado da estrada de ferro,o Paulo estava sentado no trilho, pois foi ele que colocou uma pedra na estrada de ferro ou melhor na ferrovia.Como o velho Amâncio jovem,ouviu a buzina da locomotiva chegando,correu e tentou empurrar a pedra para não ver a cabeça e sangue rolando na frente dele.O trem bateu,os grupos de moleques já saíram,graças a DEUS o trem não descarrilhou.Mas a frente do trem estava moída,o Amâncio se sentiu culpado do acontecimento,e os moleques não foram culpados.
          José Cútia era um moço simpático,bem legal,e as crianças gostavam quando ele chegava,tipo papai noel.Toda noite todo mundo da vizinhança se escondiam e trancavam a casa de medo do monstro conhecido como o lobisomem,ninguém sabia quem era.Ele mais comia fígado de criança,bebia e tomava banho com sangue de qualquer um.Na verdade o lobisomem era José Cútia. Alguma coisa toda a noite chamava José Cútia para fora,ele saia bem,mas meu DEUS quando ele chegava bem longe de casa ele criava muitos pêlos,garras enormes,olhos redondos,pernas e braços grandes,uma língua bem fina e umas orelhas de gato. Quando ele acordava estava pelado no sofá e a casa está toda bagunçada,parece que tem um espírito acompanhando o José Cútia e todas as pessoas tem dó,toda a vizinhança tem medo ,mas sabem que ele está sendo perseguido por um espírito maligno à noite. 
          O menino no seu engenho ficava brincando com os passarinhos,não parava de brincar com eles,não comia direito pela diversão com os passarinhos,não ia a escola.Tia Maria gostava porque ele ficaria longe do perigo e muito próximo dela.  Mas tinha um pouco de perigo porque existem caçadores que pegam os passarinhos mas ele sempre escapam.

       
       
                                BIBLIOGRAFIA DE JOSÉ 
                                      LINS DO REGO
                                      
           José Lins do Rego Cavalcanti (Pilar, 3 de junho de 1901Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1957) foi um escritor brasileiro que, ao lado de Graciliano Ramos, Érico Veríssimo e Jorge Amado, figura como um dos romancistas regionalistas mais prestigiosos da literatura nacional. Segundo Otto Maria Carpeaux, José Lins era "o último dos contadores de histórias." Seu romance de estreia, Menino de Engenho (1932), foi publicado com dificuldade, todavia logo foi elogiado pela crítica.
José Lins escreveu cinco livros a que nomeou "Ciclo da cana-de-açúcar", numa referência ao papel que nele ocupa a decadência do engenho açucareironostálgico e mais realista pelo autor: Menino de Engenho, Doidinho (1933), Bangüê (1934), O Moleque RicardoUsina (1936). Sua obra regionalista, contudo, não encaixa-se somente na denúncia sócio-política, mas, como afirmou Manuel Cavalcanti Proença, igualmente em sua "sensibilidade à flor da pele, na sinceridade diante da vida, na autenticidade que o caracterizavam." nordestino, visto de modo cada vez menos (1935), e
José Lins nasceu na Paraíba; seus antepassados, que eram em grande parte senhores de engenho, legaram ao garoto a riqueza do engenho de açúcar que lhe ocupou toda a infância. Seu contato com o mundo rural do Nordeste lhe deu a oportunidade de, nostalgicamente e criticamente, relatar suas experiências através das personagens de seus primeiros romances. Lins era ativo nos meios intelectuais. Ao matricular-se em 1920 na Faculdade de Direito do Recife, ampliou seus contatos com o meio literário de Pernambuco, tornando-se amigo de José Américo de Almeida (autor de A Bagaceira).Em 1926, partiu para o Maceió, onde reunia-se com Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda e Jorge de Lima. Quando partiu para o Rio de Janeiro, em 1935, conquistou ainda mais a crítica e colaborou para a imprensa, escrevendo para os Diários Associados e O Globo.
É atribuído a José Lins do Rego a invenção de um novo romance moderno brasileiro. O conjunto de suas obras são um marco histórico na literatura regionalista por representar o declínio do Nordeste canavieiro. Alguns críticos acreditam que o autor ajudou a construir uma nova forma de escrever fundada na "obtenção de um ritmo oral", que foi tornada possível pela liberdade conquistada e praticada pelos modernistas de 1922. Sua magnum opus, Fogo Morto (1943), é visto como o "romance dos grandes personagens." Massaud Moisés escreveu que esta obra-prima de José Lins "é uma das mais representativas não só da ficção dos anos 30 como de todo o Modernismo."

Principais obras de José Lins do Rego
- Menino de engenho (1932)
- Doidinho (1933)
- Bangüê (1934)
- O Moleque Ricardo (1935)
- Usina (1936)
- Pureza (1937)
- Pedra bonita (1938)
- Riacho doce (1939)
- Fogo morto (1943)
- Eurídice (1947)
- Cangaceiros (1953)
- Gordos e magros (1942)
- Poesia e vida (1945)
- Homens, seres e coisas (1952)
- A casa e o homem (1954)
- Meus verdes anos (1956)
- O vulcão e a fonte (1958)
- Dias idos e vividos (1981)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

                                              BIOGRAFIA DE JOSÉ 
                                    LINS DO REGO

          José Lins do Rego Cavalcanti nasceu em 1901, no Estado da Paraíba, e morreu em 1957 na cidade do Rio de Janeiro.

         Viveu a maior parte de sua vida em Recife, cidade onde se formou em Direito. A partir de 1936, passou a viver na cidade do Rio de Janeiro.

          O dia a dia e os costumes tanto de Pernambuco quanto do Rio de Janeiro eram evidentes em suas obras literárias.

          Ele deu início ao conhecido Ciclo da Cana-de-Açúcar com a obra: Menino de Engenho. Além deste livro, este notável escritor escreveu outros livros, como: Doidinho, Banguê, O Moleque Ricardo e Usina. Este último possui narrativa descritiva do meio de vida nos engenhos e nas plantações de cana-de-açúcar do Nordeste. 

         Em sua segunda fase, José Lins do Rego escreveu romances que tinham como tema a vida rural. Deste período, fazem parte as seguintes obras: Pureza, Pedra Bonita, Riacho Doce e Agua Mãe.  

         No ano de 1943 publicou o livro Fogo Morto, considerado a sua obra-prima; posteriormente escreveu Euridice, Cangaceiros, alguns ensaios, crônicas e outras obras.

         Este notável escritor foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras e teve suas obras traduzidas para diferentes idiomas, entre eles, o russo. Antes de morrer, escreveu um livro de memórias chamado: Meus Verdes Anos.